O Dedo em Gatilho é uma doença que dificulta a flexão e extensão dos dedos. Ele ocorre por conta de uma inflamação no tendão responsável por dobrar o dedo ou por um espessamento de um túnel por onde este tendão passa chamado de polia.
O dedo mais comumente acometido é o polegar, seguido do anular. No entanto, pode ocorrer em qualquer dedo.
Esta patologia pode estar relacionada com algumas doenças como hipotireoidismo ou outros distúrbios hormonais, além de atividades de esforço repetitivo.
Sintomas
O Dedo em Gatilho pode causar inchaço, endurecimento, dor na base dos dedos ou na palma da mão. Outro sintoma comum é, durante o ato de fletir e esticar os dedos, ter a sensação de estalidos e “travar” os dedos.
Apresenta 4 estágios de gravidade, sendo o grau 1, mais leve, quando há apenas dor e não há travamento e o grau 4 quando o dedo já não destrava mais.
Diagnóstico
O diagnóstico é eminentemente clínico. Nos casos de dúvida diagnóstica ou sobreposição com outras doenças, pode-se solicitar radiografias, ultrassonografia ou até mesmo ressonância magnética da mão.
Tratamento
Entre as principais formas de tratamento do Dedo em Gatilho estão a infiltração com corticoides na bainha do tendão, prescrição de anti-inflamatórios não hormonais e fisioterapia, principalmente para os graus 1 e 2.
Quando não há alívio dos sintomas pelo tratamento não-cirúrgico e nos casos mais avançados, indica-se tratamento cirúrgico.
A cirurgia pode ser realizada de forma tradicional, por meio de uma incisão transversa na palma da mão para abertura da polia A1 ou de forma percutânea com agulha 40x12mm com cerca de 4 furos longitudinais na palma.
Após a cirurgia o paciente é estimulado a movimentar o dedo operado conforme tolerância já no primeiro dia de pós-operatório. Retiram-se os pontos com 2 semanas e então o paciente é encorajado a retornar as suas atividades habituais, exceto exercícios com carga, que geralmente podem ser iniciados com 30 dias de pós-operatório.